A escola durante a primeira infância

A época da primeira infância é bela e importante. A doce lembrança do filho falando as primeiras palavras, a expectativa de quais serão os primeiros sons, a primeira vez que ele segurar mais firme um objeto. As primeiras vezes, em suma, são marcantes e delicadas.  A idade da primeira infância é aquela que compreende o período que vai do nascimento aos 6 anos de vida e, durante esse período, também é bem comum que os pais se questionem quando deve ser a primeira vez de levar o filho a escola. O questionamento de mandar ou não os filhos ainda pequenos para o berçário é uma das decisões que tiram o sono de muitos pais.

A ânsia de sempre proporcionar o melhor para os filhos se mistura ao que entendemos como a importância da educação para um grande futuro, resultando em pais crentes que, quanto mais cedo colocarem os filhos na escola, mais terão incentivado o desenvolvimento do seu potencial – este é uma das principais argumentações favoráveis à matrícula tão cedo: a ideia de que ir mais cedo para a escola inicia desde cedo um desenvolvimento crescente. Por outro lado, em contraste com os mais apressados, há os protetores, que sentem até uma certa angústia ao mandar os filhos ainda pequenos para a escola. 

É bem verdade que o estímulo é fundamental, mas ele deve ser oferecido de acordo com o estágio de desenvolvimento da criança. Quando ainda muito bebês, até mais ou menos os dois anos de idade, não há real necessidade ou até mesmo grandes vantagens em colocar as crianças em escolinhas. O importante é que estejam sendo amparadas por uma estrutura familiar acolhedora e atenta a seu desenvolvimento. Entretanto, é importante lembrar que desde cedo as crianças desenvolvem a personalidade, capacidades e talentos, de forma que expor sua mente aos estímulos é sempre bom. Inicialmente, a escola proporciona um imenso estímulo do ponto de vista social. 

A necessidade de frequentar uma instituição educativa se concretiza quando a criança entra na fase de socialização, o que seria a partir dos dois anos, a depender de cada criança. É a partir dessa idade que a infância se torna mais interativa e curiosa, possibilitando uma maior cooperação com os colegas.

Por lei, a criança precisa estar matriculada na escola a partir dos 4 anos, mas antes disso a variação é imensa, pois filhos e pais possuem desenvolvimentos únicos, divergindo sobre idade ideal para iniciar a vida escolar dos pequenos. As instituições escolares do Ensino Fundamental pedem que as crianças se matriculem com 6 anos de idade, de modo que a conclusão do Ensino Médio fica prevista para os 17 anos. Com base nesse critério – tanto das questões sociais quanto constitucionais, a faixa considerada ideal para inserir os filhos na escolinha fica entre os 2 e 3 anos de idade. Esta idade que permite um início não tardio proporciona algumas vantagens, dado que a criança não se sente atrasada nem adiantada (sensação que pode prejudicar de alguma forma seu aprendizado) e tem uma margem de tempo caso seja necessária alguma repetição de disciplina no futuro. 

A sensação de culpa parental

A situação mais comum observada na contemporaneidade é dos pais verem a necessidade de trabalhar fora de casa, sentindo-se culpados por precisarem enviar as crianças para a escola muito cedo. Principalmente nos pais de primeira viagem, este sentimento se alarga quando, mesmo após a escola, precisam deixar os filhotes aos cuidados da família ou da babá. E se a criança demonstrar qualquer mal-estar em relação ambiente escolar, a preocupação aumenta gradativamente. 

É importante ter em mente que, em qualquer que seja a fase do crescimento, os pequenos não se sentirão felizes na escola o tempo todo. Se você pode trabalhar em casa e ficar com as crianças até que cresçam mais um pouco, poderá também inserir seu filho no ambiente escolar quando vocês se sentirem emocionalmente preparados. 

Dessa forma, se prefere que a criança receba aprendizado em casa nos primeiros anos de vida, cuide para que a rotina seja estimulante, adequada, com programas e brinquedos educativos, com horas para soneca e tempo livre, para brincar com outras crianças em ambientes naturais, mais abertos e desprendidos. 

Mas, se você precisa voltar ao trabalho e não possui alguém de confiança para cuidar do seu filho na sua ausência, a culpa deve ser retirada, pois ele ficará muito melhor na escola, onde poderá aprender, interagir e crescer. O importante é entendermos antes quais são as expectativas perante a escolha da instituição.

Qualidades importantes para um berçário saudável e afetivo

Como o seu filho se sente

A primeira e principal característica a ser observada são os sentimentos que a criança possui sobre a escola. Ficar atento ao que seu filho diz e sente é importantíssimo em qualquer situação. Assim, garantimos a adaptação da instituição ao crescimento da criança, oferecendo sempre o melhor de acordo com a época. 

Currículo pedagógico da instituição

Apesar de também intentar a espontaneidade, o berçário não é apenas diversão, possuindo um currículo pedagógico com propostas claras para cada idade. É por isso que mesclamos estes âmbitos, indo além da construção de um espaço para aprender. Recheamos os dias com afeto e acolhimento típico do lar, possibilitando que as crianças sintam o ambiente e aprendam praticando. 

Nesta fase tão primária e cheia de inseguranças para os pais e a criança, sabemos que esta atenção delicada é primordial. Por isso, depois dessa faixa etária é que se constroem as aulas. Incentivamos para que os pais saibam que é durante essas primeiras etapas de aprendizado que a criança deve participar de atividades coletivas para se socializar, podendo exercê-las em casa ou na escola.

Sabemos a importância da infraestrutura do local, a disponibilidade e variabilidade de materiais, profissionais e cuidados da higiene, além da manutenção do diálogo com os responsáveis e a criança, de forma a garantir reflexões periódicas sobre seu desenvolvimento e manter tudo com confiança e cuidado. Assim, mantendo a nossa instituição como uma extensão do seu lar, protegemos ao mesmo tempo a otimização do nosso relacionamento com os responsáveis e mantemos uma experiência excelente para as nossas crianças, melhorando sua adaptação.

No berçário e no ninho buscamos manter a rotina do seu filho gradativamente para que esta transição seja feita com tranquilidade, adaptando-nos à criança e aos pais. Os bebês compreendem este ambiente de troca e é possível passar a sensação de credibilidade dos pais para os filhos, estabelecendo laços afetivos com a nossa equipe, fazendo da escola o segundo lar.

As práticas do lar que podem tornar essa experiência ainda melhor

Por mais que o jardim de infância seja primordial para o bom desempenho escolar futuro, a decisão pela melhor idade para inserir seu filho neste ambiente é subjetiva, variável, depende de inúmeros fatores. É algo bastante particular que dependerá da sua observação e reflexão sobre o seu filho e as necessidades individuais dele. O importante é que a família e a criança construam segurança, tendo o que precisam averiguado por uma instituição de seriedade e excelência, com o acompanhamento pedagógico devido.

Até os 3 anos de idade, o papel das escolas é de proporcionar cuidados básicos ao bebê, como troca de fraldas, alimentação, higienização e assim por diante, de forma que a parceria entre os pais e a instituição deve ser frequente. Em casa, você pode procurar programas que envolvam outras crianças, bem como dar ao seu filho, sempre que possível, contato com a natureza para que também aprenda sobre o ambiente em que vivem de acordo com os estímulos recebidos. Na idade dos três a quatro anos, seu filho está desenvolvendo mais autonomia, treinando o se expressar, comunicar, tocar e sentir, transbordando em aprendizado.

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